Em 2014, já se ouviam os rumores de que o ano seguinte seria de recessão econômica, e o que certificamos, em 2015, é que não se tratavam, apenas, de rumores, mas sim, da constatação acerca das consequências de como o País era conduzido. Vemos agora inflação em alta, aumento do dólar, restrições de crédito, aumento de dívidas em atraso, etc.
Nesse sentido, o indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas mostra que as empresas brasileiras começaram o ano com mais dívidas em atraso, e apontou 12,1% de crescimento de inadimplência financeira, no primeiro trimestre de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014.
Apesar de todos os problemas econômicos, segundo o economista brasileiro e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, o Brasil vive uma crise e não um colapso, ou seja, não iremos esmorecer como a Argentina e a Venezuela. O que isso significa? Que, em meio a essa turbulência, também é possível ter a oportunidade de se fazer bons negócios e ter chances de crescimento.
O quê insólito da questão vem em como isso pode ser possível. O que deve ser de ciência de todos, principalmente, de empresários empreendedores, é que, nesses momentos de estagnação e crise, o mercado abre novas frentes para serem trabalhadas. Com a crise, pessoas tendem a retornar a hábitos mais antigos e a usufruir de serviços mais básicos, porém não querem ficar desatualizadas de acordo com as novas tendências tecnológicas e de comportamento. Então, aqui as palavras certas a serem usadas nesse momento são: inovação e otimização.
Pessoas, nessa época de finanças enxutas, irão querer comprar e reparar carros usados, ao invés de comprar novos; irão querer restaurar roupas e sapatos usados; irão reformar suas casas, pois o acesso ao crédito estará mais restrito para financiamentos imobiliários etc. Aqui, o diferencial será a oferta a esses clientes, já que os produtos e serviços terão que ser de qualidade, ser modernos e com preço acessível.
Assim, para não deixar de agarrar essas oportunidades de bons negócios em meio à crise, a empresa deverá ficar atenta à sua saúde e gestão financeira. E, é claro, os custos deverão ser enxutos. Portanto, torna-se obrigatório fazer análise de fluxo de caixa periodicamente; reformulação do Plano de Negócio; refazer planos estratégicos e orçamentários; traçar novos projetos de cobranças etc. A contratação de uma empresa de consultoria, ou de serviços especializados poderá ajudar a atingir o objetivo de crescimento, bem como participação de cursos, palestras e treinamentos que instruam os empreendedores a respeito do assunto.
Sara Carvalho
Consultora nas áreas de Finanças e Contabilidade, especialista em Controladoria e professora do Curso de Aperfeiçoamento Profissional “Gestão de Inadimplência e Formas de Pagamento” do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), www.ipog.edu.br
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