Eu, você, enfim, todos nós estamos no mundo por alguma razão; não concebo que Deus nos tenha enviado para este planeta sem um objetivo definido, principalmente, no sentido de nos proporcionar uma oportunidade de crescimento. Paro por aqui, a fim de evitar a intromissão de qualquer princípio religioso. Ponto final.
Tentar descrever o que é a vida seria nos enfileirar à multidão de estudiosos que já o fizeram, cada qual tentando defini-la, segundo sua filosofia. A complexidade do tema defendida pelas diferentes opiniões, vai nos afastando, cada vez mais, de um razoável consenso, em torno dessa questão. Ora, dirá o leitor: se a coisa é emaranhada para os doutos, quem é você para se intrometer em tema tão delicado? Pergunta correta, leitor. Porém, o que seria deste nosso mundo, se não houvesse pessoas que insistem em ir avante, apesar das vozes discordantes? Ainda assim, tarefa hercúlea seria tentar descrever a vida, hoje, se não houvesse tanto progresso, resultante de espíritos desbravadores. Enumerar essa caminhada, passo a passo, é tarefa de enciclopedistas, não deste modesto escriba.
Vou explicar meu ponto de vista sobre o significado da vida: cada um de nós recebe um quebra-cabeça, ao vir para o mundo. Como todo quebra-cabeça, a sua beleza (nosso rumo verdadeiro) se revelará à medida que as peças forem colocadas nos seus devidos lugares. Como na vida material o jogo é composto de dezenas de peças e não se completará até que a menor e, (aparentemente), a mais insignificante seja colocada no seu devido lugar. Cabe a nós, uma vez iniciado o jogo, ir até o fim, ou simplesmente desistir. Essa metáfora, segundo meu ponto de vista, em se tratando, especificamente, a nós seres racionais, desdobra-se em dois caminhos:
1 – Ninguém vem ao mundo, sem um roteiro a palmilhar;
2 – Esse roteiro é dado a todos, sem distinção, porque é na diferença que reside a beleza da criação.
Tudo na criação é belo, e, perfeitamente, matizado; veja-se o colorido das flores, só para dar um exemplo, e, por que a diferença que imprime “digital” distinta, em tudo, deixaria um vazio incompreensível, exatamente, entre seres humanos, os reis da criação?
É inútil afirmar que apesar da perfeição com que as peças são distribuídas para cada criatura, nem todas conseguem utilizá-las com sabedoria e, inevitavelmente, saem do mundo sem encaixar todas elas, resultando que o quebra-cabeça ficará incompleto. Para comprovar essa verdade, basta observar com que apatia nós vivemos, raramente, a felicidade é sentida pelas pessoas, ainda porque ninguém conseguiu definir o que ela significa. Se fôssemos criaturas atentas ao que fazemos no mundo, saberíamos encontrar a peça para cada situação vivida, evitando, assim, a sequência de sofrimentos a que nos sujeitamos.
…mas essa é outra história…
Luiz Santantonio
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