Adolescer é um verdadeiro aprendizado para pais e filhos: enquanto um se modifica rapidamente, deixando de ser criança e iniciando a transformação para ser adulto, o outro precisa compreender e oferecer apoio e limites.
Na adolescência há uma mudança corporal, para os meninos muda a voz, mudam os hormônios e os humores também. Parece que tudo fica mais desajeitado, desconfortável, e, é um processo de grandes adaptações. Há uma reorganização das diversas partes do corpo. Quando o adolescente se olha no espelho, parece, até, que falta reconhecimento.
Os pais também mudam na adolescência dos filhos. Alguns gostam de acompanhar de perto as mudanças, festas, e o agito da fase. Uns, parecem querer adolescer também: rebatem as palavras de seus filhos e entram na relação como iguais. Esquecem que apesar dos desentendimentos previstos nesta fase, são os modelos do filho. Outros pais não se envolvem tanto, rotulam o momento de complicado, não conversam com seus filhos e aí fica mais difícil manter o controle.
Nesta fase os filhos descobrem o gênero, o sexo. Esta descoberta assusta os pais. Filhos: “não vêm com manual de instrução”; já dizia a minha avó e, a melhor forma dos pais interagirem é aos poucos, com muita delicadeza e observação, ajudando com calma as suas crises e sendo firmes em seus valores.
Adolescentes passam por momentos solitários, em seu mundo; quarto, ou computador. Nas relações: se pais cobram pouco, os filhos destes dizem que nem ligam, se cobram demais, são chatos. Difícil é manter o equilíbrio! Manter a confiança e o diálogo.
As companhias e turmas têm grande influência na construção da identidade; que por vezes acontece aos trancos e barrancos. Durante a adolescência, a presença dos pais, acompanhando o crescimento dos filhos, é fundamental. Os pais exigem, às vezes, castigam, cobram, fazem até o filho “pagar o mico” em algumas situações, mas orientam e amam. Por mais dificuldade que tenham, se sentindo perdidos, diante dos novos desafios, tentam acertar. Para pais de adolescentes a primeira palavra que costumamos dizer é: calma! Tudo passa!
Os pais lembram-se de seus pais neste percurso e vão aprendendo com seus filhos, no gerenciamento de cada novo desafio. Um dia seus filhos serão pais e, aí o ciclo se fechará!
Maria Angelina Franceschini Brandão
Prima Escola Montessori de São Paulo
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