O problema maior de acessibilidade encontra-se nos prédios mais antigos, onde não se previu tal necessidade, dificultando sobremaneira as adequações. Explica-se: pode ser complicado e caro a reversão da situação, no entanto, isso é necessário.
Rampa externa e escada com corrimãos internos em piscinas, os pisos em nível e antiderrapante, por sua vez, devem ter sinalização tátil e os elevadores conter informações em Braille, além de sintetizador de voz.
No mais, uma boa iluminação e cores claras em todos os ambientes, para os mais variados tipos de necessidades visuais, completam as demais adequações necessárias.
Isso porque os condomínios, além dos portadores de necessidades especiais, possuem um público diversificado em termos de restrições à mobilidade, como grávidas, obesos, pessoas temporariamente imobilizadas e, em especial, os idosos, que compõem um número cada vez maior de brasileiros.
Por isso as adequações são urgentes, contendo, em síntese, rampas, ou plataformas elevatórias, pisos antiderrapantes e sem desníveis, halls sem tapetes (ou emborrachados), cantos arredondados e luminosidade correta.
De acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o número de idosos esta crescendo (e continuará), e um número cada vez maior de idosos mora sozinho, trazendo a necessidade de colocação de uma central de alarme para que uma pessoa que more sozinha (são muitos, número que vem aumentando, possa acionar socorro, em caso de emergência. Banheiro com barras, acento elevado e alarme, no caso de emergência, ao lado do vaso sanitário, chuveiro (com acento retrátil) e na cabeceira da cama.
Mas, para qualquer intervenção é importante contratar um engenheiro, ou arquiteto, que não apenas promoverá a reforma conforme a NBR 16.280/2015, bem como segundo normas específicas de acessibilidade previstas pela ABNT (NBR-9050-2015), a própria legislação federal e demais normatizações, como a NBR NM 313, relativa aos elevadores de passageiros. Esta norma estabelece requisitos de segurança para a construção e instalação desses equipamentos.
As arquitetas Silvana Gambiaghi e Maria Elizabete Lopes desenvolveram trabalho referencial na área, assim como a deputada federal Mara Gabrilli, apresentando um compêndio da ergometria para pessoas portadoras de necessidades especiais, que auxiliam os demais profissionais, no desenvolvimento de projetos de acessibilidade, relacionados a mobílias, espaços etc.
Roberto Boscarriol Jr. – Graduado em Engenharia pelo Instituto Mauá de Tecnologia. Formado em 1972, atua desde essa época na área da Construção Civil, tendo construído um milhão de metros quadrados nas áreas industriais, comerciais, escolares e residenciais, acumulando grande experiência na análise de propostas e gestão de obras. No espaço de sua coluna, o articulista irá abordar os vários aspectos da manutenção necessária nos prédios, com dicas, comentários e sugestões.
Mais: boscarriol@pbr.com.br
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