Atualmente, estima-se que 36 milhões de idosos no mundo apresentam demências, sendo a de Alzheimer a mais frequente. Com mais pessoas envelhecendo, a previsão é que este número cresça para 66 milhões, daqui a 20 anos.
Diferentemente de outros países, no Brasil a maioria dos doentes vive com suas famílias. Os cuidados básicos como higiene, alimentação e administração dos remédios são realizados por um membro da família, ou um cuidador contratado.
Assim, como costumamos dizer: no Alzheimer não é só o idoso que adoece, a família adoece junto. Em parte, isto ocorre devido à falta de conhecimento do percurso da doença e, principalmente, pela sobrecarga deste trabalho (número de horas trabalhadas, cansaço físico no posicionamento e transporte do doente, falta de colaboração dos demais membros da família, entre outros).
O “estresse do cuidador” é bastante estudado e valorizado pelos profissionais da área, e cuidar do cuidador é o primeiro passo para que o tratamento seja eficiente.
Se você cuida de uma pessoa com Alzheimer, ou outra demência:
• Mantenha uma rotina. Além de o paciente ficar mais calmo, procure inserir atividades que façam você relaxar, ou lhe causem prazer,
• Tenha senso de humor: não zombe do paciente, mas alegria e o riso minimizam o peso do cuidado e o tornam mais leve;
• Peça ajuda: aos profissionais e outros familiares. A tendência é que a falta de conhecimento afastem as pessoas da família;
• Não se sinta culpado, se estiver cansado e triste. É natural. Orgulhe-se deste trabalho.
• Não perca sua individualidade. Todos necessitam de um tempo só para si.
• Procure um grupo de apoio, mais próximo a sua cidade: Ong como a Abraz oferece este aconselhamento que é de extrema valia para você e para o paciente;
• Você merece afeição, consideração, perdão e aceitação de sua família e da comunidade!
Dra. Juliana Venites, fonoaudióloga especialista em envelhecimento.
www.julianavenites.com.br
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