A Dentadura (Prótese Total) foi considerada por vários especialistas da área como sendo a prótese mais difícil de ser confeccionada por não termos nenhuma referencia natural a ser seguida, ou seja, em um desdentado total não nos sobra nenhum dente natural como referencia para copiar ou seguir um alinhamento natural ou alinhamento de mordida.
Estas referências são mensuradas pelo dentista e através de algumas fórmulas de proporção conseguimos obter medidas de dente e de mordida. Mesmo assim, em alguns casos a falta de suporte ósseo gengival acaba influenciando no sucesso da prótese final ou ainda confundindo o dentista a colocar tamanhos e formas de dentes incompatíveis com o formato do rosto. E basta alguma coisa errada para que o paciente possa sentir: dor, aperto, desconforto na hora de mastigar, aparecimento de aftas e até mesmo mordiscadas na bochecha
(ato de dar pequenas mordidas na bochecha) ou lábio, mas que até certo ponto pode estar dentro da normalidade.
A região inferior ainda tem o agravante que é a língua e que também atrapalha o selamento e a estabilidade da dentadura e outro agravante é a falta de suporte ósseo que acaba causando dores insuportáveis devido a exposição de um ramo de nervo que aflora nas laterais da mandíbula, e que é comprimido pela dentadura. Sem duvidas a reabilitação com implantes para a instalação de prótese fixa é a melhor alternativa de tratamento para solucionar o desconforto de uma vez por todas. Porém em alguns casos o histórico médico do paciente contra indica reconstruções ósseas ou implantes. As alternativas para um usuário de dentadura levar uma vida mais normal são poucas, porém novas soluções em materiais protéticos estão cada vez mais se superando como é o caso dos materiais de reembasamento (preencher os espaços folgados da prótese) a base de silicone. Este procedimento pode ser feito diretamente na boca do paciente sem a necessidade de ter que mandar a prótese para um laboratório.
Colocando este tipo de material na base das dentaduras, é como se estivéssemos colocando um colchão entre a gengiva e a prótese, amortecendo a carga mastigatória sobre algum ponto de suporte, aliviando áreas machucadas ou recentemente operadas. Esse tipo de material chega a durar por mais ou menos 6 meses, após esse prazo uma nova aplicação deve ser refeita, fazendo com que o paciente faça visitas regulares de 6 em 6 meses onde também serão avaliados o desgaste da prótese, a adaptação no rebordo ósseo gengival, retenção, higiene e estética. É bom lembrar que estas próteses devem ser trocadas a cada 6 anos.
Um especialista na área certamente é o mais indicado para avaliar qual o melhor tratamento para seu caso. Em alguns casos mesmo colocando materiais softs na base da dentadura ainda não se resolve o problema de vez. De alguma maneira, o especialista sempre deve avaliar cada caso, pois nem sempre o problema é tão grave assim e geralmente fazendo próteses novas otimizando a adaptação, a retenção, a estética , já resolvem seu problema.
Dr Demetrio Taketa – Mestre em Prótese Dentaria
Especialista em Implantodontia
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