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Movimento feminista no Brasil

O movimento feminista é um assunto que vem se sobressaindo perante a sociedade brasileira há algum tempo. As manifestações, em defesa da mulher e ao aborto em caso de estupro, dos últimos meses expressam com clareza o descontentamento das mulheres e o tema foi até mesmo abordado na redação do ENEM deste ano, gerando polêmica e contradições.
Desde antigamente, a mulher era considerada um objeto sexual, incapaz de trabalhar. Há algumas décadas, porém, isso tem mudado. A capacidade de reconhecer essa desigualdade de gênero, já é de certa forma, uma evolução nos direitos femininos. Apesar de ainda enfrentar discriminação em alguns setores do mercado de trabalho, a mulher já está muito mais presente em relação há cinquenta anos.

Pode-se dizer que, embora aos poucos, o homem está, finalmente, perdendo sua posição patriarcal.
No Brasil, mesmo com a Lei Maria da Penha, uma mulher é violentada a cada quinze segundos e, sete em cada dez, já sofreram algum tipo de agressão física ou sexual. Levando em conta casos em que a denúncia não é feita devido a medo e vergonha, as estatísticas aumentam ainda mais. Por isso, o debate sobre o assunto deve ser incentivado não apenas nas escolas, mas em casa. Segundo a aluna do 9° ano da Prima – Escola Montessori de São Paulo, Maria Fernanda Mosken Pereira, métodos mais práticos de denúncia deveriam ser criados, pois uma situação violenta é medonha.
“O primeiro contato de educação que temos é em casa, e infelizmente, em alguma delas, ainda reina o modelo patriarcal. O exemplo que temos em casa é praticado na escola e na vida.” Afirma Maria Fernanda. O ensino é sim um fator essencial no assunto, mas é errado culpar apenas a educação como um todo. O papel da educação não é moldar o aluno e sim possibilitá-lo a refletir. Independente dos valores familiares transmitidos, a conscientização vem de cada um e cabe ao indivíduo repensar seus conceitos diante a sociedade.
O grande erro cometido durante todos esses anos de protesto foi atribuir toda a culpa aos homens. A jornalista Rosane Santiago sugeriu que naturalizamos por muito tempo situações de assédio. De fato, se desde o começo as mulheres tivessem se posicionado contra atos constrangedores, talvez não estivéssemos enfrentando hoje diversos tipos de agressões consideradas normais aos olhos de uns e absurdas aos olhos de outros.
Alícia Cristina Cardoso Curado
8° ano da Prima Escola Montessori de São Paulo