Este foi o título da matéria do caderno Metrópole Educação, do Jornal O Estado de São Paulo, da segunda feira, 14 de março.
Este artigo conta que as escolas atuais estão “adotando estratégias para que os alunos desenvolvam habilidades sócio emocionais como cooperação, empatia, senso crítico e curiosidade. Essas habilidades estão, intimamente, ligadas às habilidades cognitivas.
São elas que potencializam e aprofundam o aprendizado.
Há mais de um século a médica e educadora Maria Montessori, na escola Casa dei Bambini, na Itália, já se preocupava com o tema e, colocava em prática em suas classes.
Uma das características do Método Montessori é propiciar um ambiente preparado e acolhedor, com muitos materiais para que a criança experimente e, na prática adquira habilidades. Habilidades que a desafiarão e farão com que use a sua capacidade cognitiva.
Em todas as experiências de sala de aula existe a possibilidade de desenvolver habilidades sócio emocionais. Nesta experiência prática do dia a dia os sentimentos e sensações, também, são vivenciados e o professor auxilia os alunos em como lidar com sua emoção.
“A ideia ao desenvolver habilidades sócio emocionais nas crianças é dar ferramentas para que consigam lidar da melhor forma em situações de conflito e assim reduzir a vulnerabilidade dos estudantes”.
Neste enfoque o professor deixa de ser o centro das atenções e passa a ser um mediador, alguém em quem os alunos confiam, tiram dúvidas, convivem.
Há momentos em que o professor é o organizador que escuta e orienta seus alunos. A “roda da conversa” por exemplo, é momento muito interessante para estimular os alunos para que digam o que estão sentindo. Aos poucos os alunos apresentam coragem para se expor e trocar experiências com seus pares .
A sala montessoriana tem uma infinidade de experiências diversas, sobre muitos assuntos interessantes que motivam as crianças à descoberta.
Essa riqueza de material incentiva a descoberta, a troca de experiências.
Outra característica do Método Montessori que é a classe que agrupa idades diferentes. Ela é uma possibilidade para que a interação, o convívio aconteça de forma tranquila, propiciando o exercício da vivência sócio emocional.
As primeiras relações sociais são desenvolvidas em grande parte na escola. Trabalhar com os sentimentos como alegria, tristeza, raiva, solidão faz com que a criança coloque para fora o que está sentindo e perceba que não é a única a ter esses sentimentos.
Um professor observador que interfira no momento adequado é um apoio valioso para que a criança supere sua dificuldade e tenha a atenção devida. Um mestre que possibilite o diálogo faz com que aos poucos seus alunos aprendam a respeitar e ser respeitado em sua individualidade.
Maria Angelina Franceschini Brandão – Prima Escola Montessori de São Paulo
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