A obesidade é, sem dúvida, um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Nos últimos 20 anos, o número de obesos dobrou, ultrapassando a marca de 300 milhões de pessoas. Na maioria dos casos, essa doença é resultado de uma patologia chamada “compulsão alimentar”.
A compulsão alimentar é um transtorno, caracterizado por episódios em que a pessoa “ataca” a comida e é capaz de devorar uma quantidade absurda de alimentos, em um curto espaço de tempo.
Ela não se preocupa em apreciar o sabor: come tudo rapidamente, não mastiga direito e engole “nacos” respeitáveis de uma só vez.
Na realidade, por trás desse comportamento, existe um problema emocional. Nos quadros de depressão, por exemplo, pode haver um aumento de apetite, principalmente por doces, massas e frituras, ótimos estimulantes de serotonina e dopamina, substâncias que minimizam os sintomas de depressão. Assim, a pessoa cria uma dependência química com a comida, já que os alimentos equilibram os níveis bioquímicos do cérebro. Sob tensão psicológica, a comida pode parecer uma boa muleta para conseguir se acalmar.
Traduzindo para uma linguagem simples, a pessoa sente um “vazio interior” promovido por angústias e tristezas e, quando se alimenta, a sensação de prazer faz com que esses sentimentos negativos diminuam. Porém, em pouco tempo, a sensação de vazio emocional reaparece, requerendo uma nova ingestão de alimentos.
Reverter essa situação é possível e depende de dois passos: perceber a realidade do problema e procurar ajuda.
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Alessandro Vianna – Psicólogo Clínico
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