É difícil convencer adolescentes a associar prazer e estudo e, nesse sentido, os jogos vieram para ajudar. Na tentativa de levantar argumentos para mostrar à juventude que aprender é muito divertido e que jogar é aprender, alguns educadores têm estudado Gamification, técnica que consiste em arquitetar uma estrutura de aprendizado sobre determinado conteúdo, usando elementos dos jogos.
Gamification também não é novidade no Brasil e muito menos no exterior. A novidade está na aplicação e na estrutura da técnica, inclusive a neurociência afirma que as estruturas cognitivas e mentais, envolvidas num jogo podem trazer aprendizado significativo e duradouro para a aprendizagem de um conceito, tema ou operação. Em alguns casos, o resultado é melhor do que o obtido com o método “tradicional” de observação, repetição e teste.
Incrivelmente, o último reduto de aplicação do Gamification é a escola, local onde menos se associa aprendizado com jogo ou diversão. De modo geral, as instituições de Ensino Básico públicas e particulares têm grande resistência em incorporar a técnica, como prática pedagógica cotidiana, prevista em planejamento e fazendo parte do processo de avaliação e estruturas gamificadas.
Entrar em sala de aula e dizer: “vamos jogar e aprender sobre…” pode soar como “aula livre”. Não temos a cultura educacional de levar a brincadeira a sério e perdemos oportunidades valiosas de aprendizado para professores e alunos.
Da próxima vez que alguém disser: “Vamos jogar!”, aceite na hora e brinque para valer, seu cérebro agradece. Bom jogo, bom aprendizado!
Leandro Alcerito, Professor do Colégio Marista Arquidiocesano
www.colegiosmaristas.com.br/arqui
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