Atualmente, é cada vez mais comum recebermos pacientes, muito tempo depois de terem desenvolvido um problema fonoaudiológico, na terceira idade.
De maneira geral, isto ocorre por dois motivos: as famílias foram mal orientadas pelos profissionais de saúde e desconheciam os benefícios do tratamento, ou por desacreditarem na possibilidade da melhora do estado de saúde, em função da idade avançada.
Mas, será que vale a pena iniciar o tratamento fonoaudiológico, muito tempo depois do problema ter começado?
A resposta é sim!
Cientistas e profissionais de reabilitação, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, estudam o que chamam de neuroplasticidade, que de maneira simples se trata da possibilidade do cérebro se reestruturar e encontrar novos caminhos para fazer uma atividade, anteriormente, perdida. Há estudos que utilizam exames de imagem como a ressonância, por exemplo, que comprovam esta capacidade de nosso sistema nervoso.
Na prática clínica, também observamos, diariamente, esta capacidade, tanto nos problemas de fala e linguagem como nos transtornos de deglutição. Há pacientes que se alimentaram por sonda por muitos meses e que depois de tratados conseguiram voltar a comer por via oral, mesmo não iniciando o tratamento, logo depois de terem desenvolvido o problema.
Desta maneira, o encaminhamento para a avaliação fonoaudiológica é sempre valido. O fonoaudiólogo será capaz de verificar as possibilidades de melhora do idoso e assim maximizar sua qualidade de vida.
Dra. Juliana Venites, fonoaudióloga especialista em envelhecimento, CRFa 10.217,
www.julianavenites.com.br
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