O fim do ano se aproxima e, praticamente, toda vez é a mesma coisa: compras de Natal, parcelas remanescentes de cartão de crédito, vontade de viajar com a família, e por aí vai. Parece que há muitos compromissos para pouco dinheiro em conta, e então começa a saga do endividamento. Vamos fazer desse ano um marco de mudança?
Se você está disposto a isso, então, continue lendo o artigo. Não estou dizendo para acabar com as festas, comemorações, presentes, viagens e tudo o que é prazeroso, de forma alguma. Aliás, sempre falo que dinheiro é um meio para realizar sonhos e objetivos, porque nem só de pagar conta vive o ser humano – e nem pode! A proposta aqui é se educar financeiramente, agir com consciência.
A primeira impressão é que se fará menos coisas, terá seu poder de compra reduzido; pode até ser, se pensarmos na questão dos gastos impulsivos, compulsivos e os pequenos do dia a dia. Mas, em relação aos grandes objetivos, aqueles que, realmente importam, a vida será mais cheia de realizações, sem dúvida alguma.
Então, o que fazer?
O grande segredo é o planejamento. Acreditem, é possível fazer muito mais, quando nos programamos e temos disciplina, para seguir da maneira correta. Se o desejo de fazer uma viagem em família está “gritando”, mas ano após ano, só o que conseguem é frustração, é simples entender que nada irá mudar, se continuarem agindo da mesma maneira, certo?
Então, reúnam-se no lugar preferido da casa – as crianças também devem participar, ainda que não possam compreender tudo – para falar sobre o lugar que gostariam de ir. Façam uma lista dos destinos mais votados por todos, pesquisem juntos as opções de transporte, estadia, alimentação, enfim, tudo o que envolva dinheiro.
A partir disso, vejam se vão conseguir fazer isso, ainda este ano. De repente, se acharem que vai estourar o orçamento, deixem essa ideia para o ano que vem (já começando o planejamento, desde agora) e façam algo mais tranquilo agora, para algum lugar mais próximo, ou onde possam ficar na casa de amigos e familiares, enfim, pensem em algo mais econômico.
Não deem o passo maior que a perna, mas não desistam, de primeira! Avaliem também o orçamento financeiro da família e vejam o que cada um pode fazer para economizar, redirecionando esses valores para a realização do sonho coletivo. Seja qual for a decisão – fazer uma viagem maior, ou uma mais barata – é preciso ficarem atentos aos gastos durante a viagem, com lembrancinhas, despesas diárias e, principalmente, alimentação em restaurantes, que é um dos maiores “vilões” do orçamento.
Viagem para o exterior
Agora, se uma viagem para fora do país, já, estava programada, o que alerto para ficarem atentos é em relação à cotação da moeda local, lembrando-se de que, se gastarem no cartão de crédito, enquanto estiverem lá, é preciso avisar a operadora do cartão, antes de embarcarem, saber que será cobrado IOF em cima do valor gasto e que será considerada a cotação da moeda do dia do fechamento da fatura, não da compra.
Além disso, uma boa dica é escolher destinos que a moeda é desvalorizada perante o real, aumentando o poder de compra e até mesmo conseguindo gastar menos do que o planejado.
E então, vamos trocar parcelas, dívidas e frustrações por planejamento e realizações?
Reinaldo Domingos é mestre em Educação Financeira e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.
