A maioria vive conosco, do lado de fora das grades. Trabalham, estudam, fazem carreira, casam, tem filhos. Não é fácil reconhecê-los. Eles representam muito bem. Seus talentos teatrais e seu poder de convencimento são impressionantes.
São predadores sociais, infiltrados em todos os setores.
Psicopatas possuem níveis variados de gravidade: leve, moderado, ou grave.
Os primeiros são os que se dedicam a trapacear, aplicar golpes e pequenos roubos. Os últimos utilizam-se de métodos cruéis e sofisticados, matam as vítimas e sentem prazer com seus atos brutais.
A dificuldade para identificá-los procede do fato de serem envolventes, inteligentes, charmosos e sedutores. O aspecto racional e cognitivo deles é íntegro. Eles sabem, perfeitamente, o que estão fazendo.
O sentimento é deficiente, ausente de afeto e de profundidade emocional. Eles não aceitam ajuda terapêutica e suas vítimas prediletas são as pessoas sensíveis e generosas. São desprovidos de consciência e ética, aquela que nos impulsiona a colocarmos no lugar do outro, entendendo a sua dor. Com a consciência presente pedimos desculpas sinceras àqueles que magoamos, ou ferimos em um momento de equívoco.
Eles mentem como se estivessem contando a verdade mais cristalina, não são considerados loucos e não apresentam algum tipo de desorientação. Não sofrem de delírios ou alucinações (como a esquizofrenia) e tampouco apresentam intenso sofrimento mental (depressão, ou pânico por exemplo).
A mente é adoecida, porém com um raciocínio frio e calculista e são incapazes de tratarem as outras pessoas como seres humanos pensantes e com sentimento. Existem muito mais psicopatas que não matam do que aqueles que chegam a desumanidade de cometer um homicídio.
Todo cuidado é pouco, nenhum de nós está livre do perigo de encontrar algum psicopata no caminho. Na dúvida, consulte um psicólogo e converse sobre o novo ilustre conhecido.
Gilmara Somensari- Psicóloga Clínica -CRP06/49605-9 – Acupunturista e Especialista em Hipnose.
E-mail: gsomensari@gmail.com
