Os pinos intrarradiculares (os que são instalados dentro dos canais dos dentes) tem evoluído muito para conseguirmos um resultado cada fez mais eficiente. A grande novidade são as “ Endocrows “ , traduzindo são coroas endodônticas em que o preenchimento destinado aos pinos intrarradiculares estão na mesma peça da coroa de porcelana. Isto não parece uma grande novidade, afinal o bom e velho “ Pivot “ também era desse jeito , pino e coroa na mesma peça.
A diferença de todo este tempo é que os pivots eram feitos em metal fundido, assim como a coroa, e com o passar dos anos e com muito mais exigência estética, resolvemos revestir o metal com resinas e porcelanas da cor dos dentes naturais, mas ainda assim, usando metal fundido. A dificuldade de esconder a cor do metal, por baixo de uma resina, ou porcelana, sem que o metal interferisse na cor de acabamento era, sempre, muito dificultoso. Nos anos 90 foi incorporado os núcleos rosqueáveis pré fabricados e os pinos de fibra de vidro que ajudaram muito até então, mas dividiram esse tipo de reabilitação em duas partes: O núcleo (pinos dentro das raízes com uma cabeça para encaixar a coroa de porcelana) e a Coroa independente dos pinos.
Tanto para os pinos rosqueáveis como para os de fibra de vidro eram materiais diferentes do material da coroa, que, geralmente, é de porcelana, ou resina, isso ajudou de certa forma no resultado estético da coroa, pois estes materiais possuem o fundo da cor do dente também deixando muito fácil acertar a cor da coroa que vai por cima dos pinos. Existe um grande divisor de opiniões sobre esses tipos de peça protética, pois alguns acham que os pinos de fibra de vidro soltam com muita facilidade e por isso preferem resolver o problema com peças de corpo único.
Da mesma maneira que existem profissionais que preferem dividir as peças caso aconteça uma possível troca da porcelana. Mas na verdade tudo tem a sua indicação correta, dependendo do quanto sobrou de raiz e de coroa natural. Se temos uma raiz firme e rígida e um remanescente de cora de um pouco mais de 30% , temos uma indicação para uma peça única, mas isso ainda pode mudar, dependendo de cada caso, por isso um especialista na área por experiência pode indicar o verdadeiro sucesso desse tipo de restauração protética.
Com a chegada do sistema CAD/CAM, na odontologia, ficou muito mais fácil obtermos resultados mais estéticos e com muito mais segurança, pois se trata de um material monobloco maciço onde são confeccionadas as peças de corpo único, que hoje, tem um nome mais atual: Endocrow. A evolução dos sistemas adesivos também colaborou muito para obtermos esse tipo de peça, pois hoje temos uma boa adesividade entre a porcelana e dente natural, mantendo a peça mais bem colada e evitando muito mais infiltrações por baixo da peça. Não podemos esquecer que com o sistema CAD/CAM as peças protéticas estão mais bem adaptadas e com um risco menor de infiltração de 20% sobre as coroas feitas pelo método tradicional.
Na questão tempo, maior vantagem nisso tudo é a rapidez de confecção desse tipo de peça que pode ser resolvido assim que se finaliza o tratamento endodôntico. A peça pode ser confeccionada na hora e já instalada com um grau de satisfação estético e funcional maiores, ou tão bom, quanto os que demoram 3 a 4 sessões para serem finalizados.
Dr. Demetrio Taketa
Especialista em implantes
Mestrando em Prótese Dentaria
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