Você clica no Wikipédia e lá você lê que a Serra Gaúcha é um “acidente geográfico”. De clima e altitude perfeitos para a produção de vinho é considerada a pérola da vinificação brasileira. Formada, em grande parte, por imigrantes europeus as colônias italiana e alemã trouxeram a cultura da vinha. Uvas tradicionais como a Barbera, Lagrein e a Riesling Itálica foram plantadas, principalmente, ao norte de Porto Alegre onde se encontram Bento Gonçalves, Garibaldi e Farroupilha.
A princípio, tratava-se de vinhos coloniais, voltados para o próprio consumo que depois se transformaram nos chamados garrafões, produzidos por uvas americanas e vendidos, por todo Brasil. O gosto nacional era por um paladar mais doce e, portanto, não condizente com as castas europeias. Mesmo, com a chegada de multinacionais do mercado vinhateiro e introdução de vinhos finos, a Serra continuou sendo a pioneira no Brasil. Novas técnicas de condução de videiras e tecnologia de ponta somaram-se à produção, já existente, e passou a quase dividir a oferta com os vinhos tintos de mesa. A fama, de nível internacional hoje, provém dos espumantes que pela sua alta qualidade, já há algum tempo, vem ganhando premiações e em grandes volumes, sendo exportadas para diversos países na Europa e Ásia. Entre os vizinhos da América do Sul, quando se trata de espumantes, estamos com alguns barris à frente. Que ao procurar algo para provar você possa apreciar o que a Serra Gaúcha oferece, através de vinhos corretos e agradáveis, trazendo um motivo para se ter orgulho patriota.
Odilon Bruno – disommelier@gmail.com
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