Troca de Banners Responsivo - Aleatório

Abuso emocional: reconhecendo relações sutilmente tóxicas

Sabe aquela pessoa com quem você se encontra, às vezes, ou, até mesmo, convive e, ao invés de sair energizado, você se percebe, repetidamente, com uma sensação física e mental de fraqueza e de autoestima rebaixada? Pode ser o cônjuge, familiar, um colega de trabalho. O que caracteriza uma relação, emocionalmente, abusiva é a dinâmica de poder e controle psicológico que alguém exerce sobre outro.

Predomina em diversos graus uma atitude dominadora e invasiva, vista como necessária sob o pretexto do afeto e do cuidado. Não importa o quão significativos sejam seus esforços e capacidades. Não são considerados suficientes em comparação aos feitos altruístas dessa pessoa. Por meio de alfinetadas irritantes, faz com que se sinta mal por algo que está fora do seu controle. Solta “brincadeiras” desagradáveis sobre você, na frente dos outros, deixando-o desamparado. Despeja problemas, usando-o como uma lixeira, ignorando suas observações. Devido à aguda insegurança de quem abusa, dificilmente, há espaço para contestar, racionalmente, esses comportamentos. Nega e encobre fatos. Não dá o braço a torcer. Redime-se ao exibir faceta mais amorosa. Provoca fragmentação na vítima, dúvida na percepção e memória. Preserva-se, assim, num ideal onipotente, intacto e perfeito, livrando-se da parte ruim. O problema é invisível, mas as emoções indigestas podem causar feridas e sintomas psicossomáticos tão danosos, quanto o abuso físico e sexual. Para enfrentá-lo:
1-Conscientize-se que há algo muito errado;
2-Não sinta vergonha, pois a culpa não é sua, ou de sua sensibilidade;
3-Não permita que seus limites pessoais sejam violados e decida que merece uma relação saudável;
4-Considere procurar ajuda profissional, pergunte-se que aspectos seus podem estar envolvidos;
5-Ao falar com alguém, respeite a linha tênue entre o desabafo e o abuso, não reproduzindo esse padrão ambiental aprendido.
Laura S. Ueno – Psicóloga
laura.ueno@gmail.com