O ano novo está diante de nós, e para não variar, seguido de perto por essa desgastante pandemia. Para ser franco nunca passei situação igual em toda minha vida. Tempos sui generis estamos vivendo: somos convidados compulsórios para um casamento esquisito; a expectativa de uma renovação ornada de véu e grinalda, de braços com um personagem sombrio. É a imagem que a pandemia nos presenteia para o ano novo. Esse é o caminho que o mundo, nesta altura demasiadamente pessimista, tenta nos empurrar goela abaixo. E assim será se nós aceitarmos que a nossa vida está definitivamente nas mãos desse vírus. Convém lembrar-nos, no entanto, que essa não é a primeira nem será a última tragédia que a humanidade terá de enfrentar; então por que permitir que o desânimo nos enfraqueça? Nada disso, leitor; nós nos declaramos os reis da criação; esta é a hora de provar a veracidade dessa afirmação. Vamos comemorar o início de um novo ano com uma força nova, prontos a vencer esse “bichinho” (e muitos outros”). Para fazê-lo, todavia, teremos que mudar (conheço bem o quanto essa palavra nos assusta, apesar de a pandemia já ter nos mostrado que não há mais como protelar mudanças na nossa maneira de encarar a vida).
Convém ignorar fantasias do tipo “oba, oba”, e adentrar ao novo ano, revestidos tanto quanto possível de viver de verdades (o prezado leitor já se deu conta que navegamos praticamente no mar da mentira? E é dele que nos municiamos no nosso dia a dia?) Vamos dizer “basta!” e reiniciar o ano corajosamente como a vida real exige, sem falsas ilusões e sem temores infundados; a vitória será nossa se caminharmos juntos. Feliz 2021!
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