A cirurgia de instalação de implantes está cada vez mais comum nos consultórios odontológicos, o procedimento de instalação vem ficando cada vez simplificado, mais rápido e com maior aceitação, porém ainda temos um índice considerável de perdas de implantes. Um assunto que muitas pessoas me perguntam antes de fazer os implantes, é o que poderia dar de errado durante a instalação dos implantes osseointegrados, que causaria problemas no resultado final? Quais as dificuldades que o cirurgião dentista pode enfrentar que causaria o insucesso do tratamento implantodôntico?
Antes de mais nada é bom salientar que o tratamento implantodôntico é um sucesso na odontologia mundial, incluindo o Brasil que é um dos países que mais instala implantes no mundo.
Em muitas clinicas o índice de insucesso é praticamente zero, mas a realidade é que ainda temos um índice de perda de implantes relevante. Algumas causas que fogem do controle do implantodontista, como doenças degenerativas que não foram detectadas antes da instalação do implante como diabetes e câncer, gestação surpresa logo após a instalação ou até mesmo pouco antes. Outro grande problema é a falta de colaboração do paciente nos controles pós operatórios, como falta de higiene adequada e tabagismo (cigarro é uma das causas principais de perda implantes dentais no mundo).
Durante a cirurgia de instalação dos implantes, o dificuldade mais comum é a falta de osso para direcionar o implante na posição certa , isso antigamente era mais complicado ter uma previsibilidade pois um exame tomográfico dos maxilares era pouco usado pelo custo extra que o paciente teria com o exame , hoje em dia esse exame está com preços mais acessíveis e um maior número de clínicas radiológicas fazendo esse exame deixando o planejamento do dentista especialista em implantes muito mais previsível. Mas a posição dos implantes é fundamental para o sucesso estético e funcional da prótese que será aparafusada sobre o implante, ou seja, em muitos casos é preciso reconstruir o osso com enxerto antes da instalação dos implantes, pois o que existe de osso é insuficiente para instalar um implante em uma posição favorável. Por isso, o planejamento adequado com exames radiográficos e tomográficos minimiza a possibilidade de erro do cirurgião.
Em pacientes cardíacos ou hipertensos não compensados, podem ter um sangramento maior que o normal e isso atrapalha bastante a cirurgia, devido a dificuldade do cirurgião enxergar a área cirúrgica. Em paciente dom dificuldade de manter a boca aberta e pacientes não possuem uma abertura de boca boa também dificultam o acesso ao ponto cirúrgico. Mas se tudo isso for bem analisado pelo cirurgião, estes problemas podem ser contornados com facilidade. O mais importante de tudo isso é o planejamento que o cirurgião deve fazer nos exames pré operatórios. O sucesso do tratamento com implantes está relacionada diretamente com o planejamento pré operatório que o implantodontista faz.
Dr. Demetrio Taketa – Especialista em Implantodontia
Diretor Clinico da Demtat Odontologia
demtat.com.br
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