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AUTOESCRAVIDÃO EXISTE?

editorial-maio-22

Tornar-se escravo de si mesmo é algo inimaginável; ou era, como demostrarei a seguir. A capacidade mimetista não é privilégio dos animais; nós humanos, também a possuímos, sendo que o mimetismo humano é de fundo espiritual e não físico. O ser humano, apesar de todo o potencial de que dispõe, torna-se pelo seu excesso de materialismo, escravo de si mesmo. Basta ver, como nos entregamos sem pensar, a toda variedade de absurdos que nos são oferecidos pela mídia, numa bandeja colorida, como solução para todos os nossos problemas. Nada fica de fora: o progresso atual nos mostra como podemos, sem muito esforço, tornar reais os nossos sonhos. Aí está leitor, como nos tornamos escravos voluntários de nossa falta de análise da nossa conduta. Eis aí se encararmos a realidade o significado de auto escravidão do título. Desse jeito a pergunta onde vamos parar é mais que pertinente, não acha? Caso o leitor viva no mundo real e não no outro – o que transforma as pessoas em autoescravos – podemos alimentar a esperança de que empreenderemos uma caminhada em busca dos reais valores do ser humano, afastando-nos de marchar como apenas personagens grotescas que a televisão exibe continuamente (os mortos vivos). Aquelas figuras, apesar de todo o horror que nos causam, se parecem muito com a marcha sem rumo adotada por nós nessa triste fase em que nos metemos. Permita-me uma pequena digressão: embora o leitor possa achar exagero basta analisar friamente o que os políticos fizeram deste nosso país. Estamos às portas de completar duzentos anos de nossa independência. Esta data será comemorada com alegria porque tem um significado importante: a liberdade. Não conheço ninguém que não preze a liberdade, pois sem ela, nada somos. Então pergunto: por que esse descuido imperdoável de entregar a nossa liberdade ao mundanismo barato? Temos que reconhecer, envergonhados, que somos de fato autoescravos ou devemos modificar essa conduta e elevar nossa autoestima e orgulhosamente proclamar nossa independência? Mostrar aos que insistem em nos derrubar que estamos vivos e prontos a dar um passo `a frente. Dar um passo ainda que pequeno para germinar na Terra a semente do amor verdadeiro, que tanta falta nos faz. Afinal o que é o amor verdadeiro? É aquele que demonstra a nossa igualdade; em poucas palavras, que somos todos irmãos!

Luiz Santantonio
santantonio26@gmail.com