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Casas de repouso

Em meu percurso profissional, muitas vezes me deparei com famílias vivendo um grande dilema: devo colocar meu familiar numa casa de repouso? É um questionamento difícil, que gera preocupação e para a grande maioria, sensação de estar abandonando o idoso. Mas, esta não é uma verdade. Em alguns casos, torna-se uma opção viável e bastante benéfica ao paciente.

Hoje, as casas de repouso são chamadas de “Instituição de Longa Permanência (ILP)” e oferecem hospedagem e cuidados médicos e de enfermagem. É esta equipe que prescreve e administra a medicação e auxilia na higiene, alimentação e outras atividades cotidianas. Algumas instituições já têm em seu corpo profissional outras pessoas importantes para a manutenção da qualidade de vida do idoso, como o fisioterapeuta, o fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional, o psicólogo, o dentista, o musicoterapeuta, etc. Esta equipe propiciará uma assistência global ao idoso, cercando-o não somente de atenção à sua saúde, mas também um trabalho emocional e social.
Idosos com estágio avançado de perda de memória, desorientação, agressividade e/ou famílias sem condições de abrigá-los são os principais beneficiados com a internação.
Sem dúvida, existem desvantagens. A principal delas é afastar o idoso do convívio com sua família e amigos e quando este é consciente e orientado, a dificuldade de adaptação fica evidente.
A sensação de abandono, aliada a estes motivos fazem com que inúmeras famílias optem por deixar o paciente em suas casas, com a assistência de um profissional cuidador. Este profissional será responsável pelos cuidados básicos do idoso (higiene, alimentação, medicação) e o acompanhará em sua rotina diária, junto à família. Nesta escolha não há afastamento do paciente de seu ambiente, entretanto, é necessário ter referências e bastante cuidado na seleção do cuidador.
Este mesmo cuidado na seleção da ILP é essencial. Procure o responsável e suas referências, converse com outras pessoas que têm seus familiares internados. Há sempre opções idôneas.
Os especialistas em envelhecimento (geriatras e gerontólogos) podem auxiliar as famílias nesta escolha tão complicada, ajudando a ponderar prós e contras para a saúde do paciente e para o orçamento e dinâmica da família. Não existe receita. Cada situação deve ser analisada, individualmente. E tenha certeza que seja qual for a opção, ela sempre trará vantagens e desvantagens.
Dra Juliana Venites, fonoaudióloga especialista em envelhecimento.
www.julianavenites.com.br