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Consuma! Mas não seja consumido

Que a cidade de São Paulo cresceu desordenadamente não é novidade para os mais velhos, já para as crianças, avidas por aparelhos eletrônicos e envoltas a bolhas de segurança criadas pelos seus pais, pouco sabem da época em que as brincadeiras eram todas realizadas na rua a céu aberto. Soltar pipa, pega-pega, pique-esconde, futebol… (hoje praticado em escolinhas) Até o passeio com o cachorro era feito sem coleira, independente de quantos fossem.

Tudo isso ficou para trás devido ao aumento da população e da frota de carros. A atmosfera bucólica das ruas ocupadas por casas, quintais e a molecada na rua, foi perdendo espaço para a verticalização das construções.
Hoje as relações interpessoais são feitas através das redes sociais. As turmas que inspiraram as histórias em quadrinhos do artista Maurício de Souza e da Mônica e companhia, agora dão espaços a encontros virtuais mundiais, para os famosos games online. Mas a natureza é sabia, e temperamental, e começa a cobrar uma nova postura de seus inquilinos. As quatro estações como nossos ancestrais conheceram, já não se comporta mais como antes: verão antecipado, inverno com temperaturas de verão, invernos rigorosos na Europa… Até a água que parecia infinita se mostra finita, se não tratada com respeito. O ser humano, que por um tempo esqueceu fazer parte deste ecossistema, começa a sentir impulsos naturais de seu instinto, começa a reivindicar o retorno a suas raízes. Viver em grupo, sentir o sol no rosto, a brisa do vento… É normal presenciar profissionais priorizam a qualidade de vida na hora de escolherem seus empregos, ao invés do salário. O passeio ao parque, eventos abertos, e a ocupação dos espaços públicos, são mesclados com a ida ao cinema e ao shopping. É a natureza do indivíduo gritando por liberdade, pela vida em sua essência, pelas relações olho no olho e o consumo consciente.
Porque Ainda Há Tempo.
Marcus Moraes – Publicitário/Ambientalista
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