É fato que o Brasil passa por uma das maiores crises de sua história. Faltam governabilidade e interesse político para a solução. Previsões otimistas calculam que, em dezembro de 2016 mais de 3,5 milhões de trabalhadores estarão desempregados. A julgar pelas noticias que veem de Brasília, este número não é exagero.
Para piorar, haverá aumento da informalidade, vez que, de um lado tem carteira assinada, recebendo 13 salários por ano e, de outro, milhões de trabalhadores entregues à própria sorte, virando-se como dá, o que implica em até mesmo vender produtos falsificados para continuar a manter suas famílias e pagarem as dívidas, que, aliás, foram estimuladas pelo Governo Federal. Entretanto, e, apesar desta realidade, este é o melhor momento para que ocorra uma reforma trabalhista. Sabe-se que a retomada do crescimento dar-se-á de forma lenta e que, enquanto isso, a crise continuará afetando milhões de trabalhadores. É cediço também que, a legislação trabalhista torna o custo das empresas ainda mais alto e isto impacta, diretamente, no ato das contratações, pois, com medo do retorno da recessão retardam as possibilidades de novas contratações. Portanto, faz-se necessário e urgente uma reforma trabalhista para que ocorra, o mais rápido possível, a retomada do crescimento, de modo que as empresas voltem a contratar e se tornem mais competitivas. Não obstante, a exemplo da Alemanha, que fez a sua reforma, poder-se-ia aqui, reduzir a taxa de desemprego a uma velocidade jamais vista, para que, realmente o Brasil se torne um país de todos.
Reinaldo Garcia do Nascimento – advogado – consultor em relações sindicais – membro do escritório de advocacia Guirao Advogados – r.garcia@guirao.com.br
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