Em minha atuação em Gerontologia, muitas vezes presencio familiares questionando: o doutor disse que não há mais o que fazer. Não posso ficar com as mãos atadas. O que posso fazer para que ele não tenha dor, para que ele, literalmente se vá em paz?
Esta angústia nos remete a inúmeras famílias que recebem o diagnóstico de doenças incuráveis de seus entes queridos e muitas vezes ficam desorientadas sobre como lidar com esta triste situação.
Casos assim requerem o que denominamos de cuidados paliativos.
A Organização Mundial da Saúde define que estes cuidados visam promover a qualidade de vida destes pacientes e de suas famílias, através da prevenção e do alívio do sofrimento. Diante da necessidade de intervenções globais, os cuidados paliativos são realizados por uma equipe multiprofissional, ou interdisciplinar integrada.
São princípios da equipe interdisciplinar nos cuidados paliativos:
• Possibilitar ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento de sua morte;
• Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis;
• Integrar aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;
• Oferecer sistema de suporte para os familiares no dia a dia da doença e no luto.
O fonoaudiólogo também atua junto à equipe e ao paciente. Suas ações visam evitar pneumonias e desnutrição e adaptações na comunicação como uso de códigos simples de “sim e não”, ou fotos e escrita são atribuições da Fonoaudiologia.
Muitas instituições e hospitais contam com uma equipe de cuidados paliativos que oferecem esta assistência. Na finitude, manter a qualidade de vida ultrapassa oferecer o que é vital, e sim oferecer o que puramente humano, até que os olhos se fechem para não mais abrir.
Dra. Juliana Venites, fonoaudióloga especialista em envelhecimento, CRFa 10.217,
Contato: www.julianavenites.com.br
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