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Dia das Crianças: como ensinar os pequenos a poupar e realizar sonhos

Tenho observado que, ultimamente, as pessoas não possuem sonhos, não têm um objetivo definido que as motivem a lutar e se dedicar. Essa falta de propósitos de vida traz muitos malefícios e acabam transformando toda uma sociedade, afetando também as novas gerações.
Um dos problemas dessa “inércia” é que ela reflete diretamente nas finanças. Quando não temos metas na vida – seja o que for -, acabamos tendo dificuldade em manter a disciplina nos gastos, afinal, só vivemos o presente. Diante disso, refleti sobre algo importante: e se aproveitássemos o Dia das Crianças e fizéssemos dessa data um marco de mudança para toda a família, em especial aos pequenos?

O que estou propondo é que eduquemos financeiramente nossas crianças, para que elas não se tornem pessoas sem sonhos. E, ao fazermos isso, de quebra, nos incentivamos também a resgatar essa vontade em nós mesmos, melhorando diversos âmbitos da vida, principalmente, a questão financeira.
Sendo assim, desenvolvi algumas orientações para que esse processo possa se iniciar de maneira simples e desmistificada, tendo como foco as crianças.
– Comprem livros! A leitura é uma das maneiras mais eficazes de adquirir conhecimento. Há diversos títulos sobre educação financeira no mercado, para crianças, jovens e adultos. Pode até ser um presente de Dia das Crianças. A Editora DSOP é especializada no assunto e tem dezenas de obras publicadas.
– Marquem reuniões familiares. Sentem para falar sobre finanças de maneira leve e divertida. O foco deve ser sempre os sonhos que querem realizar, tanto os individuais quanto os coletivos. A partir dessa definição, pesquisem juntos todas as opções e vejam como podem reduzir os gastos diários em prol da realização de algo maior.
– Deem o exemplo. As crianças se espelham muito nas atitudes dos pais/responsáveis para terem as suas próprias. Se ela observa, desde pequena, que a família não se planeja nunca, não conversa, tem o costume de pagar parcelado, não poupa, etc., ela tem a tendência de ir pelo mesmo caminho.
– Incentivem brincadeiras que economizem. Dá para fazer boliche de garrafa PET, “vai e vem” com barbante e papelão, jogo da velha com isopor e tampinha de garrafa, massinha caseira, enfim. Vários sites e canais no YouTube ensinam algumas práticas baratas. Dessa maneira, as crianças se divertem e aprendem a economizar, reciclar e dar valor ao dinheiro.
Quando a família é unida e tem o mesmo propósito, tudo fica mais fácil. Vamos dar um basta nessa cultura de que finanças é conversa de adulto; as crianças precisam estar envolvidas no assunto, de maneira lúdica, clara, mas, se forem privadas de participar, terão menos chance de se tornarem adultos conscientes e sustentáveis financeiramente.

Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Mesada não é só dinheiro, e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.