Sentir medo é normal, ele faz parte de um sistema natural de defesa. Os motivos dos medos que experimentamos, raramente, se materializam. Nossos ancestrais selvagens deixaram uma herança que se manifesta como reações subconscientes, acarretando alterações no sistema biológico que nos prepara para reagir, ou lutar até a morte. Essa expectativa de ameaça que não se concretiza pode se tornar patológica, dando vazão a transtornos cognitivo-emocionais.
O homem primitivo extravasava a energia mobilizada, mas o mesmo não acontece com o homem moderno que acaba descarregando no próprio físico.
A influência de estressores ambientais, tais como brigas, assaltos e estupros, induz as pessoas a uma sensibilização do medo. E os meios de comunicação, em geral, colaboram com a sensação de ameaça em potencial, ao noticiarem “muita desgraça”. Mesmo em conversas despretensiosas no círculo social, percebe-se que tais assuntos são temas recorrentes.
Somam-se às pressões do estilo de vida moderno, as notícias ruins e situações de alta carga de tensão emocional, para formar o estresse pós-traumático (TEPT), que pode ser traduzido como sendo um distúrbio de ansiedade incapacitante.
Invariavelmente, a exposição repetida a algum evento de maior carga emocional leva à instalação de um trauma que pode se agravar ao ponto de produzir um medo generalizado. É fundamental encará-lo de frente, para não deixar a situação tomar tais proporções.
A saída seria provocar uma redução da carga emocional, por meio de um relaxamento profundo e, posteriormente, tratar o medo em um nível cognitivo.
Nesse processo de restabelecimento interno, uma mudança de padrões mentais e de atitudes se faz muito necessária.
É preciso enfrentar os nossos fantasmas, angústias e incertezas, pois o medo paralisante gera um grande desperdício de energia.
Vale a pena seguir adiante e realizar nossos sonhos!
Gilmara Somensari – Psicóloga Clínica -CRP06/49605-9 Acupunturista e Especialista em Hipnose.
gsomensari@gmail.com
