Caro leitor, não estranhe o título: você, assim como eu, já recebemos e desejamos um feliz novo ano. Iniciar um ano diferente (e melhor) apenas porque o calendário afirma com seus números não é o ideal. Na edição do dia 5 de dezembro p.p. do jornal A Folha de São Paulo, li um artigo muito oportuno, intitulado “1 em cada 4 brasileiros não se sente próximo de ninguém”. A bem da verdade eu substituiria brasileiros, por humanos. Acredito, modestamente, ter encontrado onde se situa a origem dessa estatística. No estado em que o mundo se encontra tudo está sendo substituído pelo materialismo. Sem dúvida necessitamos de companhia; somos seres gregários.
Por incrível que pareça a primeira companhia que nos falta é a nossa! Vivemos tão conectados e não temos tempo para uma conexão interior. Não cultivamos o autoconhecimento e esse distanciamento pode causar quadros de fobia, preconceito, ansiedade tão presentes em nossa sociedade; parece um sono patológico, e, corajosamente é preciso mudar essa questão. Essa mudança não é apenas necessária, ela é vital para nossa sobrevivência. Há um fator fundamental que não pode ser ignorado para se chegar a um consenso: Tentar mudar, sem mudar o sentimento, não funciona, como nos mostra a situação atual do mundo; é mister, por conseguinte, entender, de uma vez por todas, que temos de utilizar pois sempre está ao nosso dispor.
Somos seres racionais, porém a razão precisa ser banhada por sentimentos para que a ação seja eficaz. Pensemos: de que valem abraços mecânicos e votos de felicidade vazios de uma intenção verdadeira de carinho?
Temos um ano novo pela frente e minha sugestão fraterna, fraterna mesmo, é para aqueles que ainda não se dedicaram a conhecer seu universo interior; comecem um processo de relacionamento mais próximo e acolhedor de si mesmo. Tente, com calma e paciência, mas com dedicação.
Será uma grande viagem, a mais desafiadora, mas que resultará finalmente em anos realmente novos!
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