Final de ano é sempre tempo de reflexão sobre as atitudes tomadas ao longo do ano que está terminando. Colocamos bastante esperança no novo ano que se aproxima, mas nada acontece de diferente se não mudarmos nossos hábitos. E um dos aspectos que mais se deseja é “ter dinheiro para realizar sonhos”.
Portanto, faço um apelo a todas as famílias: não esperem as coisas caírem do céu, porque vão viver frustrados por não conseguirem fazer nada. Busquem educar-se, financeiramente, para aprender de vez a lidar com o dinheiro, usando-o como meio para alcançar seus objetivos.
Sendo assim, recomendo que se coloque as finanças em ordem, agora, fazendo um planejamento para o ano inteiro de 2016. É possível prever os gastos com datas comemorativas, aniversários, férias, Páscoa, Natal, etc. e de pagamento de impostos e taxas: IPTU, IPVA, matrículas, para quando chegar o momento de pagar, não ficar no sufoco. Já dá para ir poupando, garantindo a possibilidade de pagar à vista e com desconto.
Somente se começarmos a mudar nosso jeito de agir é que poderemos ter um ano diferente, com menos endividamento e preocupações e mais realizações de vida. A partir do momento que se tem esse planejamento claro, fica mais fácil saber se poderá fazer alguma viagem, ou outra programação e até mesmo quanto poderá guardar por mês a fim de montar uma reserva financeira para emergências.
Então, vamos resumir os quatro passos para que todos possam ter um ano melhor:
– Diagnosticar: saber para onde vai cada centavo do dinheiro, separando por categorias, para ter uma visão ampla e ao mesmo tempo minuciosa dos gastos, podendo diminui-los ou até cortá-los;
– Sonhar: ter objetivos de vida, pelo menos três: de curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo prazos (acima de dez anos) e saber quanto cada um custa e quanto poderá poupar por mês para realizá-los;
– Orçar: praticar um tipo de orçamento financeiro que priorize esses sonhos e não as despesas comuns do dia a dia. Assim que retirar o dinheiro necessário para a realização dos sonhos, viver com o que sobrar, adequando o padrão de vida;
– Poupar: adquirir o hábito de poupar, antes de comprar, pois assim é possível economizar e evita comprometer o orçamento com parcelas que podem desequilibrar as finanças, minando as possibilidades de se ter um ano de mais realizações.
Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Mesada não é só dinheiro, e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.
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