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Juros: o que fazer para não tê-los como vilões?

Com a economia instável, crise que não passa, aumento de taxas e impostos, dentre tantos outros aspectos que comprometem as finanças da família, nos vemos diante de um ponto muito importante: a inadimplência e, com ela, os juros. É só prestarmos atenção nas notícias para vermos o quão absurdas são as taxas cobradas pelos bancos, de quem tem dívidas no cartão de crédito, ou cheque especial.

Só para ter uma ideia, o juro do cheque especial somou 292,3% ao ano, o maior índice desde julho de 1994; o do cartão de crédito, por sua vez, alcançou a incrível marca de 439% a.a., segundo dados do Banco Central, divulgados recentemente. Não dá para continuar com a mesma mentalidade de sempre, vivendo para pagar contas e juros.
Por isso, quero falar nessa coluna sobre como agir para se proteger desse tipo de cilada. Uma das alternativas é aproveitar o que as instituições bancárias vêm oferecendo: o crédito anticalote. Diante da recessão que vêm enfrentando, o jeito que encontraram é oferecer um produto financeiro com juros menores e prazos maiores. Se de um lado eles não querem clientes negativados, por outro, é a chance de quem está nessa situação conseguir sair de uma vez por todas.
Vale a pena pesquisar mais sobre o assunto e fazer a portabilidade, ou seja, trocar dívidas com juros altos, por outros de juros menores. Muitas vezes, a taxa parece pequena, “inofensiva”, após apenas um mês, as pessoas quase nem percebem o impacto que tem, mas em curto prazo, a quantia será significativa e poderá, facilmente, desestruturar todo o orçamento financeiro familiar.
Outra linha interessante é o crédito consignado, oferecido pelas empresas. Digo interessante porque a taxa cobrada é muito mais baixa do que as demais que citamos no início do texto. Mas, antes de tomar essa decisão, é preciso pensar bem, avaliar a situação como um todo e se planejar. Afinal de contas, se já estava difícil viver com 100% do seu salário, imagina com uma porcentagem menor, por conta do desconto direto na folha de pagamento?
Todo cuidado é pouco. É possível, sim, mudar a situação, largar hábitos errôneos em relação ao uso e à administração do dinheiro e, enfim, passar a ter mais realizações, em vez de viver pagando dívidas que não agregam valor. Vamos nos educar financeiramente e buscar uma vida melhor, não só para nós, mas para todos de nosso convívio, em especial, a família!
Reinaldo Domingos é mestre em Educação Financeira e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.