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Mutilação juvenil ou “cutting” entre jovens.

Uma onda de mutilação tem se espalhado no ambiente virtual: verdadeiras comunidades mostrando seus cortes, digo, suas crescentes formas de automutilação.
Existem diferentes tipos de autolesão e meninos e meninas tem se cortado igualmente.
Prováveis causas: modismo, desafio do grupo, fuga, depressão, baixa autoestima e confiança, abandono, angústia diante de fatos inesperados, luto, perda de emprego, reprovação escolar, traição, namoro, abuso sexual, violência doméstica, bulling, e, até por prazer de sentir o corte (como relato de alguns jovens) entre outras questões que podem decorrer de problemas não mencionados.
Entendendo um pouco da psique dos adeptos do cutting:

O que temos estudado e acompanhado destes jovens é um perfil de baixa tolerância à frustração, ansiedade, baixa autonomia (o grupo define), medo de abandono, impulsividade, humor instável, mas nem todos que se cortam apresentam estes sintomas, porém todos precisam de ajuda, incluindo os familiares.
Deve se haver ao cuidado para que esta prática não se torne compulsão, como a de fazer infinitas tatuagens e colocação de múltiplos alargadores e piercings.
Mas, como saber se meu filho está se mutilando?
– Esteja atento: observe se ele mudou o tipo de vestimenta.
– Se há vestígios de lesões corporais.
– Se seu comportamento mudou.
– Sinais de depressão, ou desistiu de compromissos.
– Se está sofrendo algum tipo de pressão.
– Se sentiu falta de medicamentos, objetos cortantes, ou dinheiro.
Dicas de como cuidar deste adolescente e como proceder:
Brigar não irá resolver, tão pouco, desesperar-se.
Vamos lá: o que os responsáveis deverão fazer é estar presentes no sentido amplo e irrestrito da palavra, com afeto e atenção. Trazer fatos que remetam às lembranças felizes, pois ele terá que desejar parar de se cortar.
Não adianta confiscar as ferramentas que poderão ser substituídas, ou emprestadas, mas conversar sobre o perigo da prática. Foque no adolescente e não nos ferimentos, ele é muito além daquele membro machucado, pois, provavelmente, sua psique está mais lesionada que o braço, ou a perna. Não ignore o problema: busque ajuda especializada, tão pouco ignore as lesões. Claro que você está assustado, chateado e perdido, ou com todos estes e outros sentimentos de raiva e impotência do que fazer, mas você não está sozinho.
Tente entendê-los, sem questioná-los. Talvez eles nem saibam responder, mas aos poucos, com confiança e acolhimento, eles falarão. Estudos nos mostram que estes são pedidos de socorro. Na história estes fatos são cíclicos.
Faz-se necessário que estes jovens reconheçam-se com a sua verdadeira busca.
Esta linha tênue do prazer e da dor, da aprovação, ou da reprovação, do ser, ou ser apenas se estiver marcado.
Sempre nos perguntamos: até quando, como ser humano, esta desconexão com meu íntimo, ou com minhas múltiplas instâncias psíquicas me levarão ao limite entre a vida e a morte?
Convido-te a viver, a ousar verdadeiramente nesta grande aventura que a vida, repleta de frustações e realizações, de ganhos e perdas, de fracassos e vitórias!
Estamos juntos: você, eu e a humanidade!
Valéria(Lelah) Monteiro – Fisioterapeuta,Sexóloga,Educadora sexual(Kaplan),Terapeuta sexual(USP),
Psicanalista,Coaching de vida íntima