Finalmente disponibilizaram no Brasil o acesso de alguns produtos já estavam disponíveis nos EUA e Europa e agora já regulamentados pelos órgãos de fiscalização. Trata-se de novas resinas compostas como a resina Bulk e as cerâmicas híbridas para tecnologia CAD CAM , que vão facilitar muito a vida do dentista que conseguirá realizar trabalhos com mais perfeição e qualidade em um tempo bem mais reduzido de procedimento.
As resinas compostas de hoje, que são usadas para restaurações, devem ser colocado na cavidade dental de maneira incremental, ou seja , o dentista vai colocar uma pequena porção de resina dentro da cavidade, em seguida vai condensar essa pequena quantidade e usar a “luzinha” (Luz ultravioleta) para fazer a cura (endurecer) da resina, e assim sucessivamente até que se preencha toda a cavidade a ser restaurada. O grande problema deste procedimento é que entre uma camada e outra, podem formar espaços vazios aumentando a chance de infiltrações, além do tempo gasto para inserir cada incremento. Com a chegada da resina Bulk a técnica de inserção pode ser feita quase em uma única porção, também possuem nanotecnologia e podem reduzir muito mais o tempo do procedimento e diminuir a possibilidade de infiltrações. A única desvantagem desta nova resina, que o dentista precisa ter um fotopolimerizador (luzinha) um pouco mais potente o que requer uma atualização de equipamentos, mas as vantagens do novo material compensa o investimento.
Outra novidade é a volta das cerâmicas híbridas que antes eram chamadas de cerômeros. São materiais que possuem em sua composição, em media noventa porcento de cerâmicas e dez porcento de polímeros. A grande vantagem deste material é que ele possui uma resistência ao desgaste muito mais próximo ao esmalte natural, diferente da porcelana pura que é bem mais dura do que o esmalte natural. Outra vantagem é que não precisa ir para o forno de porcelana para polir a peça, tornando mais fácil o trabalho de confecção de uma restauração e também muito mais rápido. Este material já era usado como um resina, mas existiam alguns problemas de resistência e infiltrações que foram resolvidos agora em blocos maciços que são usinados por uma fretadora de sistema CAD/CAM, onde uma maquina esculpe este bloco maciço transformando em um dente , este material também pode ser usado sobre implante transmitindo menos carga ao parafuso implantado no osso. Porém a maior desvantagem deste material além do preço, é que não podemos mexer na cor do produto como fazemos nas porcelanas usando as maquiagens e fornos resultando em dentes muito mais caracterizados que as cerâmicas híbridas.
Com toda esta tecnologia e novidades, o tempo de cada procedimento vem diminuindo e aumentando a qualidade dos trabalhos realizados. Ainda são poucos os consultórios que possuem toda essa tecnologia, mas em pouco tempo isso será mais popularizado e será uma realidade mais comum para os dentistas.
Dr. Demetrio Taketa – Mestrando em Prótese Dentaria. Especialista em implantes
www.demtat.com
