O padrão mental dos pais exerce forte influência no bem estar dos filhos. Crianças com até 12 anos de idade somatizam suas doenças, com base nas emoções dos seus genitores. Na minha experiência clínica, pude constatar que a terapia aplicada nos pais, exerce um efeito melhor do que quando realizada nos filhos. É na infância que se forma a personalidade, as crenças e o senso crítico. Nessa fase é como se a criança fosse um recipiente vazio e tudo que colocamos lá dentro, vai preenchendo o espaço. Cabe aos pais realizarem a alfabetização emocional, educando as emoções para que o filho aprenda a lidar com as frustrações,
aprenda a negociar, reconhecer as próprias angústias, medos e incertezas. As manifestações de afeto, principalmente, mãe/filho são decisivas para a formação da personalidade e terão influência nas relações sociais ao longo da vida, sendo assim, elas são determinantes na estrutura emocional do indivíduo. Ao conviverem em família, os filhos são submetidos a um aprendizado natural. Eles observam e assimilam, inconscientemente, o padrão emocional e comportamental dos pais e familiares. Alguns medos que pertencem, por exemplo, a avó materna, podem ser, facilmente, assimilados pelo neto (a). Os laços afetivos são muito importantes para o desenvolvimento humano. As experiências nos primeiros anos de vida são as que mais contribuem para que o ser humano estabeleça determinados padrões de conduta e forma de lidar com as próprias emoções. Delinquentes e predadores sociais, quase sempre estão envolvidos numa história de rejeição e uma infância desajustada e tumultuada. Os hábitos de comportamento adquiridos na infância são, extremamente, difíceis de serem modificados na vida adulta. Adultos, emocionalmente, saudáveis são ainda a nossa maior garantia de que seus filhos serão indivíduos bem formados.
Gilmara Somensari – CRP 06/49605-9 – Psicóloga Clínica / Especialista em Hipnose – Acupunturista E-mail: gsomensari@gmail.com
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