Assisti, num desses dias, a um documentário muito interessante sobre o dia a dia de um grande jardim zoológico nos Estados Unidos. Fiquei impressionado com a organização; nada faltava, nada dependia de verbas governamentais, enfim, os animais, se agradecer pudessem, se curvariam ante tamanha “fraternidade”. Não devo esquecer, ainda, de mencionar a diversidade ( e modernidade) dos equipamentos hospitalares à disposição dos veterinários; ali, por mais sofisticado (e caro) que fosse o equipamento para tratar de um animal (grande ou pequeno) o zoológico não precisava recorrer à burocracia estatal para disponibilizar o equipamento a fim de que a equipe médica solucionasse o problema.
O leitor, inteligente que é, já deve ter percebido, que eu não precisaria escrever uma crônica para exaltar as virtudes de um zoológico norte-americano. Percebe, no fundo, que minha intenção é outra; sim, é outra; trata-se, como é óbvio, deixar um pouco os animais e voltar nosso pensamento para nós, os humanos, para os quais, infelizmente, (pelo menos em nosso País) não existem instituições para tratar a população com o mesmo cuidado e recursos com que certos zoológicos adotam. Quero deixar claro que não sou contra o cuidado que se deve ter com os animais; é justo que sejam amados e bem tratados por nós. Por que, pergunto, nós não nos empenhamos com o mesmo vigor em criar situações que favoreçam uma vida mais digna para os humanos? Eis o “busilis” (a dificuldade) Em primeiro lugar: pertencemos (ou não) à mesma família? Em outras palavras; somos (ou) não irmãos? Embora as respostas (hipocritamente) sejam afirmativas, a realidade demonstra o contrário: pouco ou nenhum amor verdadeiro demonstramos em nosso viver; se houver dúvidas não custa dar uma olhada no mundo em que vivemos para nos certificar que a distância entre nós aumenta dia a dia; que tipo de chamamento precisamos para construir um lindo “jardim zoológico”, no qual todos sejam amorosamente tratados? A pergunta está feita; a resposta é por sua conta, amigo(a) leitor(a).
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