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Patologias em sistemas prediais Impermeabilização – parte II

Analisando cada um dos aspectos, encontram-se várias razões para justificar a importância da impermeabilização, em cada um deles:
• A água é o principal elemento provocador da degradação das construções. Ela atua como o próprio agente agressivo, ou age como veículo condutor de outros agentes (ácidos, sais, álcalis, etc.).

Se for desejada, então, uma construção durável, deve-se avaliar toda e qualquer possibilidade de ataque pela água, e combatê-la, radicalmente. Apesar de existir um juízo pré-formado de que impermeabilização é um item caro, e de desempenho questionável, por parte de muitos engenheiros e arquitetos, uma avaliação simples da relação custo-benefício invalida qualquer afirmativa desta natureza, já que os custos de reparação, não só da impermeabilização, mas também das estruturas e elementos construtivos atacados, chegam a mais de cinco vezes o custo inicial de uma impermeabilização. Quanto ao desempenho técnico de uma impermeabilização, com certeza pode ter seus problemas, vinculados ,diretamente, a um ou mais dos seguintes motivos:
• falta de projeto específico;
• falta de conhecimentos básicos do construtor;
• contratação baseada em preço apenas;
• Não utilização de material adequado;
• Não contratação de empresa de engenharia especializada.
Resolvidos estes problemas, não há como argumentar que obras de impermeabilização tenham baixo desempenho ou custo elevado.
A partir deste conceito, pode-se sair da visão de que impermeabilização seja “um piche sobre uma laje”, para uma visão mais abrangente, de que a impermeabilização alcança as fundações, subsolos, fachadas, caixas d’agua, caixas de esgoto e coberturas de uma edificação. Ela possibilita, na verdade, maior aproveitamento das áreas e dos equipamentos de serviço e/ou lazer, cumprindo com seu verdadeiro papel de abrigo (shelter) da edificação. Veja-se, por exemplo, na foto abaixo, como a deterioração da armadura de uma laje cria um ambiente de insegurança e desvalorização patrimonial junto ao condômino.
Portanto, é preciso olhar de frente para as necessidades de manutenção e cuidado com a edificação, sem se deixar influenciar pelo senso comum, que nem sempre corresponde à verdade dos fatos.

Roberto Boscarriol Jr.
Graduado em Engenharia pelo Instituto Mauá de Tecnologia. Formado em 1972, atua desde essa época na área da Construção Civil, tendo construído um milhão de metros quadrados nas áreas industriais, comerciais, escolares e residenciais, acumulando grande experiência na análise de propostas e gestão de obras. No espaço de sua coluna, o articulista irá abordar os vários aspectos da manutenção necessária nos prédios, com dicas, comentários e sugestões.
Mais informações: boscarriol@pbr.com.br