Quando falamos no assunto drogas, normalmente, pensamos naqueles jovens que estão na Cravolândia de São Paulo, ou andando desorientados pelas ruas, durante a madrugada. Raramente, pensamos que a maioria dos usuários de drogas ainda vive com sua família, tenta trabalhar e estudar, mas suas vidas estão se destruindo a cada novo instante.
É do conhecimento de todos que os jovens estão entrando, cada vez mais cedo, no mundo das drogas. A maioria das primeiras experimentações acontecem entre os 11 e 14 anos de idade. Isso assusta pais e educadores e não temos solução pronta e rápida para essa situação.
Outra coisa interessante é que a droga acompanha o dinheiro, ou seja, quanto maior o poder aquisitivo de uma família, ou de uma cidade, maior é a chance do nosso filho experimentar alguma substância psicoativa.
Os condomínios, em geral, são ambientes que facilitam o uso, visto que são fechados, a polícia não entra, os filhos ficam até altas horas fora de casa, muitos pais não controlam a vida dos filhos e ainda há muita permissibilidade e indiferença em relação ao tema.
Mas, a dúvida é: o que fazer? A resposta seria muito ampla, porém, vamos chamar a atenção para a “Teoria das Janelas Quebradas” e da “Tolerância zero”, que é um assunto, facilmente, encontrado na Internet, mas que se resume em dizer assim: para evitar os males maiores, temos que focar a nossa atenção nos problemas pequenos.
Um bom começo é não permitir o uso de bebidas e cigarros por menores de idade. É fazer respeitar a lei e acabarmos com a sensação de impunidade. Esse é o ponto de partida.
Ronaldo Meirelles Campos – Especialista em Dependência Química pela UNIFESP
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