A partir de 1º de julho acontece uma importante mudança em relação ao cheque especial, sendo que os bancos vão oferecer aos clientes que entrarem nessa linha de crédito uma opção de parcelamento com taxa de juro mais barata do que as exorbitantes cobradas normalmente. Essa opção será oferecida a quem estiver por 30 dias consecutivos utilizando mais de 15% do limite disponível na conta.
A medida à primeira vista parece bastante positiva, porém ainda é muito tímida perto do descontrole financeiro das pessoas relativas a essa linha de crédito, sem contar que terá que avaliar se realmente as menores taxas a serem oferecidas serão interessantes, sendo que cada instituição irá estruturar a própria linha alternativa.
O endividamento no cheque especial demonstra a fragilidade da educação financeira da população, que gasta mais do que pode, sem planejamento, e acaba não conseguindo honrar com seus compromissos financeiros. O mais preocupante é que muitas pessoas já contam com o valor do limite como parte de sua renda. Pensando nisso elaborei algumas orientações sobre o tema:
1) Mensure o tamanho da sua dívida – Parece óbvio, mas o primeiro passo e que muitas vezes as pessoas não sabem é calcular exatamente o quanto você deve. Principalmente se além do cheque especial, você também tiver outras dívidas como cartão de crédito, financiamentos, empréstimos, entre outros. Somente conhecendo o panorama da sua situação financeira você conseguirá agir de forma assertiva para sair do vermelho.
2) Negocie sua(s) dívida(s) – Após fazer o diagnóstico financeiro e enxugar gastos supérfluos é hora de calcular o quanto você dispõe por mês para quitar sua dívida no cheque especial. Tente negociar sabendo o quanto você pode dispor por mês. Afinal de nada adianta fazer o acordo e não conseguir pagar as parcelas.
3) Opte sempre por juros menores – Uma opção também é conversar com seu gerente e checar que opções o banco oferece com juros menores. Vale lembrar que trocar uma dívida pela outra nem sempre é a melhor alternativa. É claro que o crédito consignado, por exemplo, oferece juros mais baixos que o cheque especial, já que o pagamento é retido diretamente do salário
4) Deixe de contar com o cheque especial no seu orçamento – Se você quer, de fato, deixar de ser dependente do cheque especial é importante ter consciência de que ele não faz parte da sua renda mensal. Deixe de contar com ele, cancele o serviço e mantenha seu real padrão de vida. Muitas pessoas acreditam que o cheque especial é uma segurança, mas, por fim, cobra juros altíssimos. Caso perca o controle financeiro, recorra imediatamente ao diagnóstico financeiro para combater a causa do problema e sair do vermelho.
5) Crie uma reserva financeira – Crie também uma reserva financeira para situações emergenciais, como perda de emprego, problemas de saúde, dentre outras situações em que você vá precisar de uma quantia que não estava prevista. Assim você não precisará cair em tentação e recorrer novamente ao cheque especial.
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