Não se espante, leitor, neste Natal, faço-lhe uma sugestão inovadora: você poderá se presentear, em vez de receber. Não será nada costumeiro, todavia, não sofrerá desgaste, não se tornará antiquado, pelo contrário, ele o impulsionará para uma vida feliz. Não se trata, como já deve ter desconfiado, de algo comprado em um desses fabricantes de ilusões (shoppings). A modernidade avançou tanto e tão desumanamente que destruiu (sim, destruiu) o significado santo do Natal. Natal, atualmente, simboliza uma corrida ridícula de obstáculos para ver quem consegue se entupir de mais bugigangas denominadas de presentes. Com sua licença leitor, convido-o a acompanhar-me em direção ao presente objeto da minha sugestão: um mergulho profundo e sincero dentro de você mesmo em busca daqueles pontos sempre negligenciados que tem dificultado tanto sua vida? Observe, amigo leitor, que eu fui direto: “que tem dificultado tanto sua vida”. Posso, se isso o deixa melhor: “que tem dificultado a vida de todos nós”. Afinal, em que século vivemos? Se concordamos que estamos vivendo em pleno século vinte e um, impregnados de novidades que nos facilitam a vida “externa”, por que não caímos na real (já é mais do que tempo) e concordamos que estamos enredados, num século pretensamente avançado, e, partimos, definitivamente, em busca da nossa riqueza espiritual, que jaz abandonada em nosso interior? Não podemos negar que estamos sedentos de uma vida que abra de par em par nossa verdadeira natureza. Por que não aproveitar esta data, outrora iluminada com um maravilhoso significado, para dar o primeiro passo (espiritual) para reconstruir nossa vida e vivê-la, além desse lamentável atraso em que chafurdamos “inocentemente?” Somos, independentemente, de nossa crença religiosa – criaturas espirituais que pertencem a uma mesma família e, portanto, irmãos. Eis aí uma resposta singela, porém verdadeira; basta ligar-nos a essa verdade e viver acima dessa ilusão barata em que nos agarramos para nos encontrar face a face com o significado do verdadeiro Natal e abraçá-lo com amor e um novo propósito (o verdadeiro, apenas). Tenho certeza absoluta que ele nos dará força para recriar nossa vida com entusiasmo e alegria renovada.
Feliz Natal!
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