Quando se trata desta característica em um vinho, surgem tanto apreciadores quanto detratores. Para os apreciadores a madeira refina os taninos e traz uma variedade adorável de aromas de especiarias (baunilha, caramelo, tostado e etc.). Detratores alegam que a madeira é usada para mascarar os defeitos do vinho (safra ruim, técnica equivocada e etc.).
Inicialmente, as barricas de carvalho serviam apenas para o transporte da bebida. O armazenamento se tornou uma consequência natural devido às longas distâncias, percorridas entre produtores e compradores. O chamado processo de envelhecimento em madeira, apesar de famoso não se adequa à maioria dos vinho, somente alguns poucos ganham real qualidade após 1 ou 2 anos. Os tipos de carvalho mais utilizados, no mundo da enologia, são os franceses e americanos. Cabe ao enólogo identificar qual o estilo desejado para seu produto e qual destes irá utilizar. Atualmente, a tendência é consumir os vinhos ainda jovens e sem a interferência da madeira no seu gosto e aroma frutado (claro que a economia do alto valor pago a cada barril também contribui para as vinícolas tomarem esta decisão). Entre os tipos de vinhos o contato com a madeira é mais comum nos tintos, são raros os vinhos brancos que são utilizados com esta técnica. Já ocorreram e talvez ainda ocorra bem mais do que gostaríamos de saber que alguns produtores adotaram um procedimento de inserir lascas de carvalho no tanque onde ocorre a fermentação, com o objetivo de se aproximar, ao máximo, das características, dadas pela guarda em barricas. Sou da opinião de que cada vinho é único e todo enólogo tem sua visão, mas para alguns críticos é muita cara de pau.
Odilon Bruno – disommelier@gmail.com
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